segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A FÉ

Quem me conhece sabe que sempre tive uma relação complicada com a Igreja.
Fui criada numa família cristã, com hábitos de frequentar a missa ao domingo, ia à catequese e cheguei a fazer parte de um grupo de jovens.
Entretanto cresci e comecei a ter dúvidas, a fazer questões para as quais ninguém tinha resposta.
Revoltei-me.
Afastei-me.
 
Dei uma nova oportunidade à Igreja na altura do meu casamento.
Para nós só fazia sentido casar no altar, aos olhos de Deus. Então, envolvi-me no processo e fiz o CPM sem faltar a nenhuma sessão. Preparei-me para receber o sagrado sacramento do matrimónio.
Outra desilusão.
Outra revolta.
Outro afastamento.
 
Até há umas semanas.
Acordei um domingo cedo e pedi ao FL para irmos à missa.
Não sei porquê... Senti que tinha de ir à missa. Senti que me faltava qualquer coisa...
Fomos um pouco a medo. Sabíamos que havia um padre novo mas de resto estavamos "no escuro".
 
Fez-se luz!
Senti um enorme calor a crescer dentro de mim...
 
Senti que tudo fazia muito mais sentido, as palavras do Padre J entoaram na minha cabeça e conseguiram um lugar no meu coração. Senti-me verdadeiramente parte daquela família, daquela comunidade, daquela casa.
Senti que o nosso caminho tinha de passar por ali, que Deus merecia um pouco do nosso tempo.
Estava no inicío deste ciclo.
 
E acho que desde  então tenho estado muito mais calma, muito mais tranquila!
Foi como se Deus me tivesse descansado, me tivesse mostrado que vai correr tudo bem, de uma forma ou de outra, vai correr tudo bem!
 
 
Não sei se foi o desespero de estar há praticamente um ano a tentar engravidar, não sei se foi a necessidade de me agarrar a qualquer coisa, a qualquer esperança, não sei o poerquê... só sei que me sinto feliz!
 
E ser feliz é o que importa no meio desta selva...
 
PL
 

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